22 janeiro 2011

Reflexão...

Tenho a mania de complicar o fácil. Ou a mania de persistir no erro, não sei bem. Qualquer uma das duas parece-me hedionda o suficiente para deixarem de ser opção de escolha. E, para vos ser plenamente sincera, pouco sei das dificuldades da vida. Tive a minha dose, como todos teremos tido, mas nada de tão macabro que me faça amaldiçoar o dia em que nasci.
Não foi o mundo que me trocou as voltas e me pregou rasteiras doridas. Fui eu, na minha insistência no não querer, não fazer, não me expandir. Fui eu, na minha pequenez. E hoje, aqui neste lugar que nada tem de meu, garanto-vos que não teria vivido sem todos estes erros. Talvez agora tire dois minutos para repensar o Amor. O tempo escasso de beber um café e fumar um cigarro, com o Amor ali sentado ao meu lado, numa qualquer esplanada invernosa desta metrópole. Dois minutos e tantos tempos dentro deles.
E o Amor a deixar-me ser.
Tendo a delicadeza e a simpatia de me deixar conhecê-lo e tratá-lo por tu. Nestas coisas de viver e de aprender, sou subordinada. Pouco tenho para ensinar e isto é apenas um rascunho mal amanhado do que poderia ser. Posso apenas garantir-vos que não há nada mais puro que a entrega e a mutualidade da Vida. Sim, com maiúscula, como o Amor. Se pessoas com cargos importantes merecem letras capitais, então dádivas como estas mereceriam ortografias que agrupassem o mundo. E aqui, no mundo, já receio usá-las, por existirem tantos mundos por aí, dentro do mundo que conhecemos e tomamos como nosso. Talvez seja isto, sabem? Dois minutos, dois tempos, duas décadas multiplicadas pelo infinito. Talvez seja isto de que precisamos. De que preciso. Perder dois minutos no café com o Amor e ganhar a eternidade de uma Vida que se viveu, em pleno. E se para isso tivermos que cair outras duas vezes, então que seja. Não será para isso mesmo que temos dois joelhos?

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